Coube ao líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE),
tentar [laçar] deputados governistas, que correram do plenário para não votar a
medida provisória 665, com medo de participar de decisão que elimina direitos
trabalhistas. Deputados do PP, PCdoB, PMDB e do PT divergem da MP. O vice
Michel Temer passou o dia implorando ao telefone que as lideranças garantissem
a aprovação do ajuste fiscal.
Jandira Feghali e o ministro Aldo Rebelo pressionaram a
bancada do PCdoB a votar pela MP 665, sob pena até de exclusão de comissões.
Foi acalorada a reunião da bancada do PP. Aos gritos,
Esperidião Amin (SC) avisou que, contra a orientação do partido, votaria contra
a MP.
A rebelião do PMDB é coisa de Eduardo Cunha. Ele queria
forçar o PT a descer do muro e assumir sua parte no desgaste da MP 665.
Em reunião com Dilma e o núcleo da coordenação política do
governo, Michel Temer prometeu a ela que a 665 passaria pela Câmara. (Diário do
Poder)
FOTO: ALEX FERREIRA/CÂMARA