Em meio à grave crise fiscal, os governos estaduais já
preveem dificuldades para pagar o 13º e o restante dos salários de servidores
públicos até o fim do ano. Os Estados evitam admitir oficialmente que não há
caixa para pagar o benefício, mas pelo menos sete de 24 unidades da Federação
consultadas pela reportagem reconhecem que não há definição de como e quando o
13º será depositado na conta de 2 milhões de servidores. Além da Bahia, Rio
Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas, Distrito Federal, Sergipe e Roraima não
teriam, hoje, os recursos para honrar o compromisso, segundo os secretários de
Fazenda. Alguns deles não conseguirão fazer o pagamento mesmo com a ajuda
esperada do governo federal. Além do socorro do Tesouro, eles contam com a
recuperação, mesmo que mínima, da economia – o que contribuiria para o aumento
da arrecadação. Os governadores devem se reunir na próxima semana com o
presidente Michel Temer em busca de definição. Eles querem um socorro de até R$
8 bilhões, em uma linha emergencial de financiamento. Temer, porém, sinalizou
que qualquer ajuda só deve vir do programa de repatriação de recursos do
exterior. O Rio, que tem uma das situações mais difíceis e quer ajuda da União,
oficialmente diz que está estudando alternativas. Mas fontes do governo
fluminense afirmam que não há recursos suficientes para quitar sequer a folha
de outubro, mesmo se o governo não pagasse mais nada fora despesa de pessoal.
Caso o governo atrase o 13º, cerca de 470 mil servidores ativos, inativos e
pensionistas poderiam ser afetados. (Bahia Noticias)
Foto: Bahia Notícias