O Ministério Público de Portugal voltará a interrogar, nesta
segunda-feira (13) o ex-primeiro-ministro José Sócrates, do Partido Socialista,
e acusá-lo de corrupção, fraude fiscal qualificada e lavagem de dinheiro, que
os portugueses chamam de [branqueamento de capitais]. Sócrates é amigo do
ex-presidente Lula e suspeito de participar do esquema de corrupção do PT que
também envolveu próceres portugueses.
A cinco dias úteis do fim do prazo da procuradora-geral da
República para a investigação ser concluída, os procuradores envolvidos na
Operação Marquês, que investiga o ex-primeiro-ministro, consideram que os
indícios foram [consolidados] e a prova é [robusta], segundo o semanário.
No interrogatório, o procurador Rosário Teixeira deve
confrontar Sócrates com os indícios recolhidos mais recentemente, sobre a OPA
(Oferta Pública de Aquisição) fracassada do grupo lusitano Sonae à Portugal
Telecom, em 2007, para venda e a compra das operadoras telefônicas brasileira
Vivo e Oi, em 2010.
O Ministério Público alega que José Sócrates foi corrompido
em troca de 23 milhões de euros em três situações: dois milhões por causa do
resort de Vale do Lobo; 17,5 milhões do GES e da Portugal Telecom e o restante
a propósito do Grupo Lena.
Além de Sócrates, voltarão a ser ouvidos outros acusados
como Sofia Fava, ex-mulher do primeiro-ministro, e, [muito provavelmente],
Carlos Santos Silva e Armando Vara, ex-ministro socialista.
José Sócrates, que esteve preso por mais de nove meses, foi
indiciado por fraude fiscal qualificada, lavagem de dinheiro e corrupção
passiva. (Diário do Poder)
Foto: DR