Talvez se considere vitorioso na audiência de ontem (10). O
ex-presidente Lula negou em seu depoimento que nada sabe nada viu e por certo
tem raiva de quem sabe. Com semblante e tom de voz de uma pessoa raivosa,
porque estava depondo pela primeira vez ao juiz Sergio Moro, na operação Lava Jato, seus gestos passava
intranquilidade, se movimentava muito em sua cadeira, bebia água constantemente
e quando lhe era dado a oportunidade de analisar documentos, recebia a peça e olhava como se estivesse debochando.
Quanto ao tríplex do Guarujá, segundo ele (Lula) toda
mediação ficou por conta da falecida D. Mariza. Ele nada sabia a única vez que
soube algo foi contado por seu filho Luis Cláudio. Para Lula o diretor da OAS –
Léo Pinheiro no entender de Lula serviu
de corretor de imóveis, para vender essa unidade que era de acionistas do
Bancoop. Ainda segundo ele, esse imóvel era considerado como os tais imóveis do
Projeto Minha Casa, Minha Vida, uma construção pequena e com mais de quinhentos
defeitos, mesmo assim o apartamento era aprazível para Dona Marisa, mesmo ela
não gostando de praia, segundo Lula e ele só teria direito de ir à praia às
segundas-feiras ou sexta-feira da paixão.
Léo Pinheiro se tornou amigo pessoal de Lula, era a pessoa
certa e indicada para resolver questões importante e o elo de ligação entre
ambos era via celular de um segurança de Lula, até mesmo para guardar arquivo
pessoal do ex-presidente. A confiança era tanta, que segundo Leó afirmou a Moro
em depoimento, que o ex-presidente lhe pediu para destruir supostas provas de
pagamento de propina ao PT no exterior.
Lula tentou por diversas vezes descontrair o juiz Moro na audiência,
com seu tom de voz, frases de efeito, gesticulações, mas em determinado momento
Moro lhe questionou sobre o encontro que ele teve com o ex-diretor da Petrobrás
Renato Duque. Resposta afirmativa e o encontro foi mediado pelo então
tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o encontro segundo Duque foi no hangar da
companhia aérea TAM, no aeroporto de Congonhas em São Paulo. O ex-presidente
indagou a Duque se ele tinha conta na Suiça para receber propina, porque havia
boatos pelos jornais de corrupção de
conta no exterior, Duque respondeu a Lula que não. Daí então Lula acreditou na
palavra do ex-diretor da Petrobrás.
Em entrevista coletiva com a imprensa ontem (10) ao final da
audiência com os advogados de Lula num hotel em Curitiba, os defensores citaram
que o juiz Moro, saiu do tema principal da audiência que era o tríplex do
Guarujá, envolvendo assuntos de outros processos. Entende-se que um assunto
puxa outro, ora se a compra desse imóvel, se foi fruto de dinheiro de propina,
quer seja comprado por Lula, D. Marisa, OAS, claro que os fatos são relacionados
e co-relacionados e é de competência quem está julgando para saber qual será
sua conclusão.
Certo é que o ex-presidente, como primeiro mandatário de uma
nação afirmou, que não se envolvia em nomeações de segundo, terceiro e quarto
escalão e sim só interessava o primeiro escalão. A Petrobrás como uma empresa estatal,
e tantas outras no país, ficaram à deriva no entendimento do senhor
ex-presidente Lula, sem ele ter conhecimento de nada, ao longo de seus oito
mandatos e mais seis anos de sua sucessora.
Que sejam punidos tantos e quantos participou dos desmandos
financeiros, não importa a sigla partidária que pertença, precisamos de uma
país limpo, puro, com ideias novas, para a juventude, que cada dia mais está
sendo despertada no campo político partidário, e que as velhas raízes sejam
cortadas, queimadas e que as cinzas sejam sepultadas. Precisamos ver esse
Brasil, como o país da futura geração. (Itamar Ribeiro)