O lobista da JBS, Ricardo Saud, disse em depoimento que a
empresa de Joesley Batista comprou por R$43 milhões cinco senadores em 2014, a
pedido do ministro Guido Mantega (Fazenda), para garantir o apoio do PMDB à
reeleição de Dilma Rousseff.
O acerto da propina foi fechado na residência oficial do
então presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), que Saud freqüentava
assiduamente, organizando pessoalmente churrascos com carnes e bebidas finas.
Dos R$ 43 milhões da propina, Renan ficou com a maior parte
(R$ 9,3 milhões). Eduardo Braga (AM), Jader Barbalho (PA) e Eunício Oliveira
(CE), atual presidente do Senado, teriam levado R$ 6 milhões cada. Valdir Raupp
(RO) ficou com R$ 4 milhões.
O lobista disse haver relatado esses pagamentos a Michel
Temer: [O Joesley me entregou um bilhete, depois de uma reunião com Guido. Eu
fui lá, no sábado à tarde, no Michel Temer, e mostrei isso a ele. Ele ficou
muito indignado, porque estava perdendo o controle do PMDB.] Diário do Poder.
Foto: José Cruz- ABR