MARQUETEIROS DO PT DIZEM A MORO QUE [ESTÃO PASSANDO POR DIFICULDADES]

A defesa do casal de marqueteiros de campanhas milionárias
do PT, João Santana e Monica Moura, pediu ao juiz federal Sérgio Moro a
liberação de parte de dinheiro bloqueado por ordem do magistrado da Lava Jato.
Segundo os advogados Beno Brandão, Alessi Brandão e Juliano Campelo Prestes, os
publicitários contratados a peso de ouro nas campanhas presidenciais de Lula
(2006) e Dilma (2010 e 2014) estão [passando por dificuldades].

Santana e Mônica são delatores da Lava Jato. O casal foi
preso em fevereiro de 2016 e solto em agosto do ano passado.

[Os colaboradores estão passando por dificuldades
financeiras decorrentes do bloqueio dos valores, bem como, pelo fato de não
poderem trabalhar e auferir renda para seus gastos pessoais e de suas famílias,
sendo, então, de vital importância a restituição dos valores remanescentes,
inclusive, para pagamento dos honorários advocatícios], argumentou a defesa.

Em maio, Moro determinou que do total bloqueado – R$
28.755.087,49 – fossem transferidos R$ 6 milhões para duas contas judiciais. O
restante dos valores, decidiu o magistrado, deveria continuar retido.

Os advogados do casal estão tentando a liberação do dinheiro
que sobrou. Na segunda-feira, 7, a defesa reiterou ao juiz o pedido para que [seja
liberado todo o valor remanescente bloqueado].

O Ministério Público Federal, em manifestação a Moro, em
junho, foi contrário à liberação da verba ao casal. Os procuradores alegaram
que é preciso esperar o repatriamento de valores constantes da conta Shellbill,
mantida pelos marqueteiros no exterior.

[Verificando-se que o processo de repatriação ainda está em
seu estágio inicial, entende o Ministério Público que servem os valores
constritos nos bancos nacionais por meio do sistema BacenJud como garantia ao
adimplemento da sanção pactuada, não cabendo o desbloqueio antes do integral
repatriamento do saldo da conta Shellbill], afirmou a Procuradoria da
República.

Delação

O relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, homologou no dia 4 de abril o acordo
de colaboração premiada do casal. Os marqueteiros foram responsáveis pelas
campanhas do PT à Presidência da República em 2006, 2010 e 2014.

A delação de João Santana e Mônica Moura foi firmada com o
Ministério Público Federal e encaminhada ao STF porque envolve políticos com
foro privilegiado perante a Corte.

Os relatos do casal citaram os ex-presidentes Lula e Dilma e
até o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro. (AE)

 

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