Salvador ficou sem ônibus neste domingo. Terminais e
estações de transbordos ficaram desertos por conta da paralisação de
advertência de 24h realizada pelos rodoviários. O movimento foi um alerta à
população e às autoridades para o impasse nas negociações da Campanha Salarial
2018.
[A categoria aderiu ao movimento. O recado foi claro: não
vamos aceitar corte de direitos e não aceitamos a desculpa da crise. Não somos
responsáveis por ela, nós cumprimos a nossa parte], enfatizou o presidente do
Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Hélio Ferreira. A categoria já aprovou a
greve geral por tempo indeterminado para quarta-feira, dia 23, mas Hélio
destaca que o Sindicato continua aberto ao diálogo.
Nesta segunda-feira (21), uma nova reunião de conciliação
está agendada com a Superintendência Regional do Trabalho (SRT), às 9h, no
Sumaré. [Esperamos que o patronal apresente alguma proposto porque até agora,
com 50 dias de campanha, não houve uma única contrapartida a nossa pauta de
reivindicações. Pior, a proposta deles foi de retirada de direitos, isso não
vamos aceitar], reforça Hélio. Na terça-feira, às 15h, a categoria se reúne em
assembleia permanente, no Ginásio dos Bancários, para avaliar a proposta e
confirmar ou não a greve de quarta.
A categoria reivindica 6 por cento de reajuste salarial, 10 por cento no
ticket alimentação, manutenção dos postos de trabalho dos cobradores entre
outros itens. [Eles alegam que não podem dar aumento por causa da crise. Mas
quando eles estavam nadando de braçada, não estavam preocupados em repartir o
bolo], ressalta o diretor de imprensa do Sindicato, Daniel Mota. (Texto e foto: ASCOM)