O Ministério Público Federal requereu à Justiça do
Paraná a anulação do acordo de delação premiada que beneficiou o megadoleiro
Alberto Youssef em 2004, no caso Banestado. Condenado pelo envolvimento no
escândalo, ele admitiu ter movimentado ao exterior mais de US$ 5 bilhões
ilegalmente. No acordo, que o livrou da cadeia, Youssef se comprometeu a não
cometer mais crimes e a entregar comparsas.
Ao sustentar a anulação do acordo, o MPF lembrou que a
Operação Lava Jato constatou que Youssef até expandiu seus ?negócios?.
Os processos suspensos em razão do acordo de delação
premiada devem ser retomados. E Youssef terá anos adicionais de cadeia.
Em sua petição à Justiça Federal, a procuradora Mônica
Dorotea Bora mostrou que não há extinção de punibilidade em razão de
prescrição.
O caso do Banestado, em 2002, foi investigado pela
Polícia Federal por remessas ilegais de US$30 bilhões ao exterior, por meio de
contas CC5. Leia na Coluna Cláudio Humberto.