A deputada Aline Corrêa (PP-SP), filha do ex-deputado
mensaleiro e presidiário Pedro Corrêa,
nomeou como assessora parlamentar uma amante do doleiro Alberto Youssef,
segundo reportagem de Andreza Matais para o jornal O Estado de S. Paulo. E nem
precisava dar expediente em Brasília: |trabalhava| em São Paulo, onde Youssef
vivia até ser preso pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato.
A quebra do sigilo telefônico de Youssef pela CPI mista
da Petrobrás revelou a proximidade da ex-assessora parlamentar com o doleiro.
Entre 2010 e 2013 há o registro de 10.222 telefonemas entre os dois, uma média
de sete contatos por dia. ?Nós tínhamos uma relação extraconjugal. Então,
namorado conversa muito mesmo?, diz Taiana.
A nomeada, Taiana de Sousa Camargo, confirma que
foi apresentada à deputada por
Youssef: |Ele me apresentou e pediu que
me arrumasse um emprego. O Alberto era amigo do pai da deputada, conhecia toda
a família|.
Ela ganhava R$ 1.690 por mês entre 2010 e 2013. A
deputada amiga do megadoleiro recebeu R$ 350 mil de doação na sua campanha de
2010 a partir de uma solicitação de Youssef, preso acusado de vários crimes,
entre eles um esquema de corrupção envolvendo a Petrobrás. Taiana foi intimada a
depor no inquérito da Lava Jato, mas a data ainda não foi agendada.
No processo consta que ela ganhou dois apartamentos em
bairros nobres de São Paulo e três restaurantes de presente para ela. Taiana
afirmou que ganhou os bens de presente. A quebra de sigilo telefônico de
Youssef também mostra mais de três mil conversas do doleiro com sua mulher,
Joana Darc Fernandes Youssef. Entre 2010 e 2013 foram 3.247 chamadas. (Diário
do Poder)