Em depoimento à Justiça Federal no dia 15, a
ex-contadora do megadoleiro Alberto Youssef, Meire Poza, confirmou o
envolvimento de pelo menos cinco grandes empreiteiras no Petrolão, todas
contratadas pela Petrobras. Poza explicou ao juiz Sérgio Moro que a GFD,
empresa de Youssef, emitia notas fiscais contra as empreiteiras por serviços
que jamais foram prestados. A suspeita é que esse dinheiro abastecia o caixa
usado para pagar propinas a políticos e autoridades do governo.
A Camargo Corrêa, que tem contrato na obra superfaturada
da refinaria de Abreu e Lima (PE), devia R$ 12 milhões a Youssef, jura Meire
Poza.
Meire Poza contou que até negociou para receber parte da
dívida da Camargo Corrêa junto a Youssef. Mas não fechou acordo.
Segundo Poza, UTC, OAS e Constran eram representadas por
só um advogado, que ajudou a pagar as contas de Youssef após sua prisão.
Poza também citou a empreiteira Mendes Júnior, que tinha
contrato com o doleiro Youssef |ligado a plataformas de petróleo|. Leia na
Coluna Cláudio Humberto.