O setor público consolidado, governos federal, estaduais
e municipais e empresas estatais, apresentou déficit primário de R$ 25,491
bilhões. É o quinto déficit primário consecutivo do ano e o pior resultado para
todos os meses desde o início da série histórica, em 2001. Anteriormente, o
maior déficit havia sido o de dezembro de 2008, de R$ 20,951 bilhões. Os dados
foram divulgados hoje (31) pelo Banco Central (BC).
Nos nove meses do ano houve déficit de R$ 15,286
bilhões. No mesmo período do ano passado, havia superávit de R$ 44,965 bilhões.
Em 12 meses encerrados em setembro, o superávit primário do setor público ficou
em R$ 31 bilhões, o correspondente a 0,61 do Produto Interno Bruto (PIB, soma
das riquezas do país).
O superávit primário é a economia de recursos para pagar
os juros da dívida pública e reduzir o endividamento do governo no médio e
longo prazos. Neste ano, a meta para o setor público é 1,9 do PIB. O BC
considera, no Relatório de Inflação, o resultado primário estrutural, cálculo
feito com base na exclusão de receitas e despesas extraordinárias.
No mês passado, o Governo Central (Tesouro, Banco
Central e Previdência Social) registrou déficit primário de R$ 20,995 bilhões.
Os governos estaduais registraram déficit de R$ 3,791 bilhões e os municipais,
superávit de R$ 730 milhões. Já as empresas estatais, excluídos os grupos
Petrobras e Eletrobras, registraram déficit primário de R$ 1,435 bilhão.
Em nove meses, o Governo Central registrou déficit
primário de R$ 19,471 bilhões; os estaduais e municipais, respectivamente,
superávit de R$ 1,494 bilhão e R$ 4,565 bilhões. (ABr)