Pai de Carla Zambelli afirma que deputada está debilitada e cobra acesso a medicamentos na prisão

João Hélio, pai da deputada, diz que filha está doente, fazendo uso contínuo de remédios

Direto de Roma, o pai da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), João Hélio, falou com exclusividade para a Bahia com o jornalista Jorge Biancchi, sobre o estado de saúde da filha após a audiência de custódia realizada na Corte de Apelo da capital italiana nesta sexta-feira (01). Segundo ele, a parlamentar está fragilizada fisicamente e enfrenta dificuldades para ter acesso aos medicamentos que utiliza regularmente.

“Ela não está bem. Está passando por momentos difíceis, precisa tomar muito remédio, e está com vários problemas de saúde”, afirmou.

Zambelli foi presa pela Interpol no bairro Aurélio, em Roma, e está detida enquanto a Justiça italiana analisa o pedido de extradição feito pelo governo brasileiro. Durante a audiência, ficou definido que ela permanecerá sob custódia e que uma nova análise do caso será feita no prazo de até 15 dias.

“Eu esperava que ela saísse livre hoje, mas não deu certo. Os advogados disseram que temos que aguardar até o dia 15”, explicou João Hélio.

Sobre a possibilidade de visitar a filha, ele afirmou que está tentando autorização para ainda hoje ou, no mais tardar, amanhã. A prioridade, segundo ele, é garantir o acesso de Zambelli aos seus remédios.

“Quero vê-la o quanto antes. Vou tentar levar os medicamentos pra ela, porque é inadmissível uma pessoa doente não ter acesso aos remédios de que precisa.”

Questionado sobre a hipótese de Carla Zambelli iniciar uma greve de fome, João Hélio foi cauteloso:

“Não sei. Eu não falei com ela ainda, não consegui vê-la desde que foi presa.”

Segundo o pai, a defesa da deputada apresentou à Justiça italiana um laudo médico contendo todas as patologias que ela enfrenta. Ele reforça que a filha não tem condições físicas de suportar longos períodos sem cuidados adequados.

“Ela está fraca. Tem um laudo com várias patologias e, nessas condições, é impensável ficar sem tratamento. Isso é algo que precisa ser revisto com urgência.”

A audiência de custódia não autorizou o retorno imediato da deputada ao Brasil, e o futuro dela seguirá em avaliação pela Justiça italiana, que poderá decidir entre mantê-la presa, conceder prisão domiciliar ou permitir que aguarde em liberdade o julgamento do pedido de extradição.

*Com informações de Jorge Biancchi, direto de Roma (De Olho na Cidade).

Foto: Divulgação

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