A política e a aritmética dispõem de algumas semelhanças. Basta somar para concluir que se Dilma tem 44 e Marina 46, vencerá no segundo turno aquela que receber a maior parte dos 17 dados a Aécio, no primeiro.
Dilma sem coragem
Apesar da perda de algum oxigênio, Marina Silva ainda pode ser tida como vitoriosa no segundo turno das eleições presidenciais. O problema, para ela, é se seus percentuais continuarem na baixa. Revelada ontem, a pesquisa do Datafolha indica empate técnico com Dilma Rousseff.
De Sujeitos e Objetos
É interessante observar como os cidadãos pobres aparecem no discurso da candidata Dilma Rousseff. Raramente estão ali como sujeitos. No mais das vezes, entram como objeto direto. Se você quer entender de que modo essa candidatura enxerga o povo brasileiro, preste atenção a esse pequenino detalhe linguístico.
Durou pouco a ilusão?
Marina Silva continua favorita nas eleições presidenciais por conta da imagem que construiu anos a fio, como alguém que enfrentou o poder econômico, defendeu a reforma agrária, a preservação das florestas, o desenvolvimento sustentável, a co-gestão, a participação dos empregados no lucro das empresas, o imposto sobre grandes fortunas e a multiplicação do salário mínimo.
Política não é coisa de mulherzinha
Pô?! Acorda, aí, companheira. Somos quase 52 dos eleitores contra 48 dos homens. Segundo essa estatística do TSE, dos quase 52 mil vereadores eleitos em 2008, somente pouco mais de 6 (cerca de 6.500) eram mulheres. Na Câmara Federal, dos 513 homens, só 45 são mulheres; no Senado, dos 81 senadores, 10 são do sexo feminino.
Operação desmanche ou desmancha?
É cada vez mais palpável para o cidadão brasileiro o aumento da frequência de roubo e furto de veículos nas grandes cidades brasileiras, realidade esta que, face a inércia das autoridades, não nos possibilita traçar melhores horizontes no futuro, exceto com medidas eficazes e efetivas que eliminem causas e combatam o efeito da criminalidade e da violência.
Malu Fontes: a morte é uma festa
O título acima é do livro do historiador baiano João José Reis, obra indispensável para compreender a evolução da relação da sociedade brasileira com a morte, sobretudo para quem é de Salvador e quer entender o passado desta cidade. Mas poderia ser a legenda perfeita para tudo o que se viu no comportamento de muita gente durante os funerais de Eduardo Campos, em Recife, no último final de semana.
Eleições pós-Campos. De onde vem e para onde vai
Desde a trágica perda de Eduardo Campos passei a divulgar algumas análises do cenário eleitoral. Minha ideia neste texto é compilar um pouco de tudo que aconteceu até aqui e os traçar análises sobre o que virá a partir de agora.
Eu pensava que Eduardo Campos era imortal
Eu pensava que Eduardo Campos era imortal. Aquele jeito onipresente, uma forma firme de falar e, principalmente, os olhos grandes. O olhar passava a impressão de que ele não tinha tempo de sofrer ou esmorecer. Na estranha quarta-feira de 13 de agosto de 2014, entendi da maneira mais violenta possível que estava errada.
Esforço concentrado, não. Recesso remunerado
Anos atrás havia um pouco mais de pudor, se quiserem, menos matreirice, quando no segundo semestre de anos eleitorais o Congresso funcionava pela metade, dando às folgas para as campanhas o nome de recesso remunerado. Agora chama-se esforço concentrado, exatamente a mesma coisa.