Operação desmanche ou desmancha?

É cada vez mais palpável para o cidadão brasileiro o aumento da frequência de roubo e furto de veículos nas grandes cidades brasileiras, realidade esta que, face a inércia das autoridades, não nos possibilita traçar melhores horizontes no futuro, exceto com medidas eficazes e efetivas que eliminem causas e combatam o efeito da criminalidade e da violência.

Malu Fontes: a morte é uma festa

O título acima é do livro do historiador baiano João José Reis, obra indispensável para compreender a evolução da relação da sociedade brasileira com a morte, sobretudo para quem é de Salvador e quer entender o passado desta cidade. Mas poderia ser a legenda perfeita para tudo o que se viu no comportamento de muita gente durante os funerais de Eduardo Campos, em Recife, no último final de semana.

Eu pensava que Eduardo Campos era imortal

Eu pensava que Eduardo Campos era imortal. Aquele jeito onipresente, uma forma firme de falar e, principalmente, os olhos grandes. O olhar passava a impressão de que ele não tinha tempo de sofrer ou esmorecer. Na estranha quarta-feira de 13 de agosto de 2014, entendi da maneira mais violenta possível que estava errada.

Esforço concentrado, não. Recesso remunerado

Anos atrás havia um pouco mais de pudor, se quiserem, menos matreirice, quando no segundo semestre de anos eleitorais o Congresso funcionava pela metade, dando às folgas para as campanhas o nome de recesso remunerado. Agora chama-se esforço concentrado, exatamente a mesma coisa.

Ariano Suassuna, guerreiro do sol

Irreverente, tem dito que se soubesse que fazer 80 anos dava tanto trabalho teria ficado nos 79. O fato é que suas oito décadas de vida têm sido marcadas, ao um só tempo, pela tragédia familiar (teve o pai, ex-governador, deputado federal e advogado João Suassuna, assassinado no Rio de Janeiro em 1930) e pela construção de uma obra multifacética e coerente que funde o barroco medieval ibérico com expressões populares nordestinas.

Malu Fontes: o cangaço popular

Embora o último cangaceiro do bando de Lampião já tenha morrido (há um mês, aos 97 anos), dificilmente haverá um nordestino que nunca tenha ouvido uma referência à turma de Virgulino Ferreira da Silva, que nos anos 20 e 30 aterrorizou o interior do Nordeste. A palavra cangaço é ainda tão forte no imaginário nordestino que tem sido usada para nominar de novo cangaço os bandos armados que hoje chegam às pequenas e médias cidades do interior do país e, armados até os dentes, ameaçam a população, prendem as autoridades, inclusive e sobretudo a polícia, disparam tiros para o alto e explodem com bombas agências bancárias em assaltos cinematográficos apavorantes.

Assim, estou fora

Em 2010 passei a achar que seria muito difícil continuar a disputar mandatos parlamentares sob o atual sistema eleitoral, uma vez que estava ficando maduro um processo de desideologização e despolitização da política. O que estava passando a valer mesmo, era a mercantilização.

Para aquele ano, entretanto, eu ainda via chances de me eleger, com votos espalhados por todo o Estado e votos de opinião.

Como reduzir o número de partidos?

certeza o Brasil estará no topo da lista.

Uma grande quantidade de partidos poderia ser positivo, caso eles representassem, pelo menos em sua maioria, programas ou pensamentos distintos, próprios, expressando os anseios de uma parcela da sociedade.

Os fatos pertencem aos repórteres

Quando comecei a trabalhar como repórter de O Globo, no Rio, em 1958, metade da redação recusava-se a utilizar as máquinas de escrever Remington. Acostumados a escrever a mão, em laudas não pontilhadas, os velhos companheiros que a gente admirava de longe, sem coragem de puxar conversa, mandavam sua produção para as oficinas, no andar de baixo.